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quarta-feira, 14 de agosto de 2013



O populismo marcou o tom das relações políticas no Brasil entre os anos de 1945 e 1964.

Atingindo a década de 1960, o Brasil alcançou patamares de desenvolvimento econômico expressivos que se contratavam com os problemas sociais. O desenvolvimentismo era falho, atingia apenas algumas parcelas da população e desenhava uma concentração de riquezas que não poderia ser mais protelada pelas ações conciliatórias do populismo. Passado o arroubo do breve governo de Jânio Quadros (1961), o populismo teve sua última representação no governo de João Goulart.

Antes de assumir o governo, Jango teve de aceitar as exigências dos militares que não admitiam a sua chegada ao governo. Submetido às limitações do parlamentarismo, ele seria previamente impedido de reavivar o populismo nacionalista. Entretanto, em 1963, conseguiu a aprovação de um plebiscito que reestruturou o presidencialismo e, consequentemente, fortaleceu a ação do poder Executivo. Nesse momento, João Goulart ofereceu ao país um conjunto de mudanças previstas pelas Reformas de Base.

Conquistando o rápido apoio de líderes sindicais, nacionalistas e partidos políticos de esquerda, João Goulart não teve mais condições de assumir o comportamento dúbio que marcava o populismo. Já nesse instante, os grupos de tendência conservadora se mostraram desconfiados com os projetos sociais das Reformas de Base. Com isso, em 31 de março de 1964, os militares se lançaram às armas e golpearam de uma vez só a democracia e o populismo no Brasil.


A partir daqui a história brasileira ganhou novos rumos.

 

E



No ano de 1946, o Brasil ganhou uma nova constituição responsável pela reintrodução da democracia no contexto político brasileiro. De fato, as novas leis constituintes acabaram com o autoritarismo do Estado Novo e devolveram a soberania política ao voto popular. Entretanto, após os vários anos em que Getúlio Vargas se colocou a frente do governo, o cenário político brasileiro se mostrou tomado por várias tendências carentes de uma orientação política mais bem articulada.

Foi nessa ausência de organização ideológica que o populismo abraçou intensamente o desenvolvimento da democracia. Aclimatado à imagem de um líder soberano, as camadas populares se entregaram facilmente aos líderes que demonstravam, por meio de ações políticas e simbólicas, o seu compromisso para com as massas. Contudo, apesar de provedor de direitos, o líder populista também se colocou atrelado ao desenvolvimentismo almejado pelos vários setores da elite nacional.

Através de um recuo no tempo, vemos que o populismo deu seus primeiros passos quando Getúlio Vargas implementou os direitos da classe trabalhadora. Fato inédito em nossa trajetória, a valorização do trabalhador assalariado não foi interpretada como uma resposta a um país que se urbanizava. Para uma vasta população pobre e desinformada, tais direitos era o resultado da ação personalista de Getúlio Vargas. Não por acaso, ele ganhou a alcunha de “pai dos pobres”.

Por meio de tais ações, vemos que Vargas não só fortaleceu sua carreira política, bem como prolongou seu mandato através de um falso golpe que legitimou o Estado Novo. Após a participação na Segunda Guerra Mundial, indo contra os regimes totalitários da Europa, a sustentação de sua ditadura se tornou praticamente impossível. Nesse instante, ele tomou a frente do processo de redemocratização do país e, com isso, preservou o tom positivo de sua imagem política.

Tal conservação se mostrou eficaz a ponto de determinar a eleição de Eurico Gaspar Dutra (1946 - 1951) e a vitória de Getúlio Vargas nas eleições de 1950, quando ele retornou “nos braços do povo”. Já no contexto da Guerra Fria, a presença de políticos que agradavam ao povo e às elites se tornava parte de um jogo político cada vez mais delicado. Sob a égide da ordem bipolar, a aproximação das classes trabalhadoras e o nacionalismo era alvo de desconfiança.

Defender o “povo” e a “nação” fechava as portas do país para o capital estrangeiro e abria as mesmas para a organização de regimes de esquerda. Foi nesse contexto que o populismo experimentou sua crise. Em suma, ele se colocava entre a abertura econômica defendida pelos setores desenvolvimentistas e as crescentes demandas sociais das classes trabalhadoras. Não suportando as pressões dessa situação dúbia, o próprio Vargas atentou contra a própria vida.

Dali em diante, outras lideranças figuraram o populismo. Já em 1955, setores militares e ultraconservadores se colocaram contra a vitória eleitoral de Juscelino Kubitschek. Antevendo a possibilidade de golpe, Henrique Lott, ministro da Guerra, interveio para que um golpe militar não fosse instituído no país. Com sua pauta desenvolvimentista, JK angariou a estabilidade política ao conciliar seu comportamento populista à ampla participação do capital estrangeiro na economia nacional

EUA x URSS
Encerrada a Segunda Guerra Mundial, observamos que o colapso do totalitarismo abriu portas para que Estados Unidos e União Soviética tomassem frente à reorganização do cenário político internacional. Uma primeira demonstração da cisão entre esses dois blocos aparece na própria ocupação da Alemanha, onde os dois países citados disputam palmo a palmo o território germânico. Com a construção do muro de Berlim, presenciamos a materialização dessa disputa.

Mais do que duas nações, Estados Unidos e União Soviética representaram o antagonismo entre dois modos de organização da sociedade, da economia e das relações políticas. Sendo assim, a chamada “guerra fria” simboliza o enfrentamento dessas duas ideologias fomentadas pelo suporte ideológico dos valores de ordem socialista e capitalista. Além disso, devemos destacar que a “guerra fria” ganha esse nome por não observarmos um confronto direto entre soviéticos e norte-americanos.

Na verdade, ao longo dessa época, a Guerra Fria se desenvolveu através de ações governamentais pelos líderes de cada bloco, cada um interessado em expor a hegemonia do sistema que representava. Desse modo, filmes, cartazes, textos e outras manifestações são vistas como um modo de propagandear a visão de mundo de cada um dos blocos. Apesar de significativas, tais manifestações culturais não encerraram a questão do desenvolvimento da guerra fria.

Visando manter a hegemonia em suas áreas de interesse, os envolvidos na Guerra Fria montaram grandes planos de ajuda financeira para auxiliar as nações que sofreram os efeitos e perdas decorrentes da Segunda Guerra Mundial. Entre os norte-americanos, o Plano Marshall determinou o envio de dinheiro para nações da Europa Ocidental e do Continente Americano. Já na União Soviética, o Comecon estabelecia os mesmos objetivos com os países integrados ao socialismo.

Além de tais recursos, os blocos desse sistema bipolar se envolveram em questões políticas que estavam relacionadas a expansão e a retração do capitalismo ou do socialismo ao redor do mundo. Sendo assim, a guerra fria é marcada pela intervenção ou o auxílio militar de exércitos que defendiam o interesse ideológico do bloco que representavam. A Guerra da Coreia, a Revolução Chinesa, a Guerra do Vietnã e a própria Revolução Cubana expõem a ação capitalista e socialista em tal situação.

Nessas situações de conflito indireto, acontecia paralelamente uma corrida tecnológica e armamentista que também demarcou o auge dessa disputa. O desenvolvimento de armas nucleares, o anúncio de novas tecnologias de destruição, o aprimoramento de armamento militar, a ampliação de exércitos e até a exploração espacial figuravam nesse outro braço da disputa dos blocos. Sendo assim, a Guerra Fria determinou o gasto de quantias exorbitantes.

Por volta da década de 1970, observamos que essa tensão passou a se enfraquecer com a assinatura de acordos que estabeleciam a distensão da corrida armamentista. Logo em seguida, o colapso da economia soviética determinou a realização de mudanças estruturais na economia da grande nação socialista. Ao fim da década de 1980, a crise do socialismo soviético e a queda do Muro de Berlim demarcaram historicamente a desintegração do bloco socialista e o fim da Guerra Fria.


 Com a eleição de Ronald Reagan em 1981, iniciou-se novamente o acirramento entre as potências.
Os americanos investiram alto no setor bélico deflagrando a chamada “Guerra nas Estrelas”.
Durante o segundo mandato de Reagan (1984 -1988), em 1987, foi assinado o tratado para eliminação de armas de médio e curto alcance (nessa época a URSS estava sob o comando de Gorbachev), causando um alívio aos europeus, já que o acordo implicava a desativação de grande parte das ogivas voltadas para aquele lado.
As hostilidades entre os dois países estavam quase acabando.
A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do mundo socialista (a URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com armamentos) e com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.

Referências:
http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/
http://www.brasilescola.com/historiab/democracia-populismo.htm

Nacionalismo na África e na Ásia

Nacionalismo na África e na Ásia



Após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), acelerou-se o processo de descolonização dos diversos países da África e da Ásia que pertenciam a impérios coloniais europeus.
A descolonização afro-asiática não foi um processo homogêneo, ocorrendo de duas maneiras: a pacífica e a violenta.
No caso da via pacífica, a independência da colônia era realizada progressivamente pela metrópole, com a concessão da autonomia político-administrativa, mantendo-se o controle econômico do novo país, criando, dessa forma, um novo tipo de dependência.
As independências que ocorreram pela via da violência resultaram da intransigência das metrópoles em conceder a autonomia às colônias. Surgiam as lutas de emancipação, geralmente vinculadas ao socialismo que levaram a cabo as independências. 
A descolonização desses continentes resultou de dois fatores:
•Fatores Internos: a longa luta dos movimentos nacionalistas afro-asiáticos, que buscavam a independência política de seus povos;
•Fatores Externos: o enfraquecimento da Europa do pós-guerra, que tornou difícil a manutenção da dominação colonial na base da força e da violência.
Além disso, a própria opinião pública europeia desenvolveu uma consciência anticolonialista. Não aceitava que os países inimigos da opressão nazifascista mantivessem oprimidos os povos da África e da Ásia.


A luta da Índia
A Índia era uma das mais importantes colônias britânicas da Ásia. No decorrer da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Inglaterra prometeu aos indianos que se eles lutassem contra os alemães receberiam em troca, maior autonomia administrativa. Terminada a guerra, entretanto, os ingleses esqueceram suas promessas e passaram a reprimir violentamente todas as tentativas de emancipação da Índia.

O grande líder Indiano que se opôs à dominação inglesa foi Mahatma Gandhi (1869-1948). O principal método utilizado por Gandhi na luta contra os ingleses baseava-se na estratégia da não violência ativa. Gandhi pregava a desobediência civil dos indianos contra as autoridades inglesas, a recusa de pagar impostos, a rejeição aos produtos importados da Europa.

Em 1947, a Índia conquistou a independência política, mas seu território foi dividido em República da Índia e República do Paquistão (Oriental e Ocidental). Posteriormente, em 1972, após violenta guerra, o Paquistão Oriental separou-se do Ocidental e assumiu o nome de Bangladesh.


Consequências da descolonização afro-asiática
A principal consequência do processo de descolonização afro-asiática foi a criação de um novo bloco de países que juntamente com a América Latina passaram a compor o Terceiro Mundo.
Essa denominação deve-se ao fato de que os países originados a partir desses processos de independência acabaram por manter vínculos de dependência econômica com os países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou com países socialistas desenvolvidos (Segundo Mundo).

HISTÓRIA POR HISTÓRIA

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