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quinta-feira, 20 de junho de 2013

HISTÓRIA POR HISTÓRIA: hieroglifos

HISTÓRIA POR HISTÓRIA: hieroglifos

MAPA DO EGITO ANTIGO

MAPA DO EGITO ANTIGO
BAIXO E ALTO EGITO

MENSAGEN

UMA VIDA SEM HISTÓRIA NÃO É VIDA E SIM UM TEMPO PERDIDO.
Marcos Antônio Gonçalves

hieroglifos



Região é berço das primeiras civilizações humanas



Região é berço das primeiras civilizações humanas
O Oriente médio é formado pela junção da África, Eurásia e do Mar mediterrâneo junto com o Oceano Indico. Sobre as religiões, podemos dizer que ali fora o berço de religiões como islamismo, judaísmo, cristianismo, Yazidi, e o mitraismo que nasceu no Ira. Dentre os territórios e regiões, encontram-se: Arábia Saudita, Iraque, Bahrein, Jordânia, Chipre, Kuwait, Egito, Líbano, Turquia, Palestina, Emirados Árabes Unidos, Omã, Lémen, Qatar, Israel, Síria, Afeganistão e Irã

As primeiras civilizações humanas nasceram e se desenvolveram nas proximidades dos grandes rios, no Oriente. A aridez do clima e a baixa fertilidade do solo obrigaram essas sociedades a utilizarem, com racionalidade e eficiência, os recursos hídricos disponíveis para a prática da agricultura. Entre elas destacaram-se Egito e Mesopotâmia.
Egito
O rio Nilo foi responsável pelo florescimento da civilização egípcia. Suas margens eram aproveitadas para o cultivo de alimentos que sustentavam uma população organizada em comunidades camponesas, controladas por um Estado fortemente centralizado, a quem deveriam pagar pesados impostos. O faraó, assessorado por vasto corpo de funcionários, tinha poderes absolutos sobre a população. No Egito, as obras de irrigação (diques, depósitos de água, canais), realizadas por numerosa mão-de-obra escrava, permitiram o desenvolvimento da civilização.
Mesopotâmia
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâmia foi um importante império na Antigüidade. Alvo de permanentes ataques e invasões, sua história é marcada pela sucessão de dominações de povos de diversas origens: sumérios, assírios, babilônios… No início, os mesopotâmicos organizavam-se em cidades-estado que aos poucos deram lugar a um Estado centralizado. Entre os governantes mesopotâmicos, destacaram-se Assurbanipal e Nabucodonossor.
Essas civilizações produziram rica cultura, cujos vestígios ainda hoje podem ser vistos como as grandes pirâmides do Egito.
Ambas acabaram sendo dominadas pelos persas, povo militarista e guerreiro que construiu vasto império no Oriente.
Outras civilizações do Antigo Oriente
Ainda no Oriente, desenvolveram-se civilizações onde a agricultura não desempenhou papel econômico tão significativo como fenícios, hebreus e persas.
Fenícia
A principal atividade econômica dos fenícios foi o comércio marítimo. Dotada de vantagens geográficas e naturais, a Fenícia foi a civilização dos navegadores e mercadores da Antigüidade. A talassocracia (governo dos comerciantes) instalada na região destoava do restante do Oriente, onde a aristocracia controlava o poder e assegurava a hegemonia social. Da cultura fenícia herdamos o alfabeto com 22 letras. Também a Fenícia tornou-se província do Império Persa no século I a.C.
Pérsia
Os persas conquistaram vasto território no Oriente, chegando, inclusive a ameaçar o Ocidente, quando foram barrados pelos gregos durante as Guerras Médicas. Povo militarista e guerreiro, os persas conheceram o apogeu durante o reinado de Dario I, idealizador de um sistema administrativo altamente eficiente. Além de manterem uma postura de respeito aos usos e costumes dos povos dominados, os persas contavam com boa rede de comunicações (estradas reais), moeda única, governadores leais ao poder central… elementos que lhes permitiram assegurar o domínio sobre o império durante séculos. Foi somente no século I a.C. que o Império Persa foi subjugado por Alexandre da Macedônia.
Hebreus
A história hebraica é marcada por constantes deslocamentos, fixando-se durante séculos no território denominado Palestina. O solo pouco apropriado para a agricultura fez deles um povo de pastores, cuja característica mais conhecida foi o fato de serem a primeira civilização monoteísta da História.
O Judaísmo
As primeiras comunidades humanas costumavam adorar inúmeras divindades, normalmente associadas a fenômenos da natureza, da qual dependiam. Cultuavam o sol, a chuva, a terra, as águas, o fogo esperando que sua adoração permitisse-lhes uma vida de abundância. Mesmo os grandes impérios da Antigüidade, como Egito e Mesopotâmia, eram politeístas. O judaísmo, religião nascida entre os hebreus, foi a primeira religião monoteísta da qual se tem notícia.
A vida na china antiga
 O berço da civilização chinesa, que nasceu contemporaneamente às civilizações do Indo, do Egito e da Mesopotâmia, foi a extensa planície central cortada pelo rio Amarelo. Este rio deságua na costa leste da China, no Oceano Pacífico, depois de percorrer uma planície extremamente fértil. Deve-se essa fertilidade ao limo depositado pelas águas do rio ao transbordar; ao regime das chuvas que caem sobre a região; ao clima ameno que jamais alcança extremos de frio ou calor; uma espécie de poeira amarela, trazida pelos ventos, rica em sais minerais que, ao misturar-se com a terra, faz com que seja desnecessário aduba-la artificialmente.

Por volta de 4000 a.C. a China já possuía uma população considerável, espalhada por aldeias das quais quase nada sabemos. A primeira civilização importante foi a que se desenvolveu na planície do rio Amarelo, a cultura Yang-Shao (cerca de 3000 a.C.). Era constituída de agricultores que plantavam uma espécie de milho e, mais tarde, arroz; crivam, para sua alimentação, porcos, ovelhas e gado; domesticavam animais; especialmente o cachorro. Inicialmente não conheciam os metais, mas deixaram maravilhosas cerâmicas, com desenhos coloridos de vermelho, branco, preto; não representavam figuras humanas, nem mesmo animais ou plantas. As aldeias perto pero do delta alcançaram esse desenvolvimento só mais tarde (entre 3000 e 2000 a.C.). Sua cultura foi conhecida como a cultura Lung-Shan. Também os moradores dessas aldeias não tinham metais, que vieram conhecer só depois de 1600 a.C.; e sua cerâmica, sobre fundo preto, tinha como única decoração desenhos geométricos.

Os agricultores constituíam nove décimos da população. Produziam gêneros em grande quantidade, serviam para alimentar sacerdotes, governadores, soldados, artesãos, mercadores e estudantes, grupos esses bem menores, mas muito importantes na vida chinesa.

Por milhares de anos sucederam-se as dinastias que governaram a China; o império foi unificado, dividido e reunificado; mas, através de todas essas mudanças, a China sobreviveu e absorveu seus invasores. O segredo dessa sobrevivência está nas comunidades rurais (que continuavam plantando e colhendo, apesar de invasões, guerras ou inundações), na sua sociedade conservadora.

Os agricultores relutavam em mudar de hábitos: preferiam melhorar as condições de vida já existentes a iniciar mudanças radicais; preferiam conservar o que possuíam a empreender guerras de conquistas de resultado incerto. Além disso, mostraram sempre pouca curiosidade por outras terras e outros povos estabelecidos além de suas montanhas, aos quais chamavam bárbaros; os chineses consideravam-se o povo mais civilizado e acreditavam possuir o país mais populoso e fértil da terra.
Esse conservadorismo não tornou a civilização chinesa estática e imutável, pois os chineses – lentamente, mas com firmeza – foram melhorando suas técnicas, refinando sua arte, aumentando suas riquezas, seus conhecimentos, sua população, vindo a constituir, assim o primeiro grande império do Extremo Oriente.

A vida na áfrica antiga
A primeira grande civilização surgida na África,foi a civilização dos faraós teve as suas bases em solo africano. O Egito, porém, era muito diferente de qualquer outra região africana. Constituído como um grande oásis, com terras de aluvião excepcional-mente fértil que a cheia do Nilo renovava todos os anos, estava situado na grande encruzilhada em que a África se encontrava entre a Ásia e o mundo mediterrânico, entre as regiões do Mar Vermelho e do Oceano índico, constituindo um ponto de importância estratégica fundamental, e atraindo os povos e idéias de todas as direcções. Já muito antes de 3000 a.C., a fertilidade das suas terras fazia com que os agricultores produzissem para lá das suas necessidades imediatas, riqueza que permitia manter artífices especializados e comerciantes. Os cemitérios da cultura gerzeense, do 4.o milénio, fornecem simultaneamente as provas de uma enorme riqueza e de uma crescente desigualdade na sua distribuição. É então que subitamente aparece em cena a monarquia absoluta; de início, segundo parece, em dois reinos, um no delta e outro no vale inferior do Nilo, e mais tarde, no Egipto unificado e governado pelos Faraós.

A revolução operada no pensamento e na organização da humanidade representada por esta evolução, ficou notavelmente documentada nas pirâmides. Nos cemitérios de Gerzé, não obstante as crescentes desigualdades de riqueza que se notam entre os membros da sociedade, encontram-se enterrados os membros ricos ou pobres dessas comunidades. Mas, com o aparecimento dos Faraós, a vida comunitária ficou subordinada e seria representada pela vida do monarca, cuja sepultura se revestiu de um esplendor cada vez maior. Ao princípio, as sepulturas reais imitavam os túmulos dos cemitério de Gerzé, embora com mobilário mais rico e com algumas centenas de servos do monarca a acompanhá-lo para o outro mundo. Depois construiu-se sobre a sepultura uma espécie de grande palácio com o nome de mastaba, com sucessivas mastabas sobrepostas até se chegar à forma da pirâmide que conhecemos. A grande pirâmide de Gizé, construída cerca de 2400 a. C., medindo 150 metros de altura, com 60 milhões de toneladas de grandes blocos de pedra numa região onde a pedra de construção é rara, e erguida por homens que não tinham instrumentos de ferro nem máquinas, marca o apogeu dessa evolução. Os Faraós começaram por ser considerados como a encarnação do deus Hórus, e depois como filho do deus-sol, Amon-Rá. Em ambos os casos, eram os intérpretes da vontade divina e os únicos juízes da existência dos seus súbditos, do uso das terras agrícolas e dos tempos da sementeira e da colheita, dando a conhecer as suas ordens junto do povo mediante uma vasta hierarquia de sacerdotes, ministros, burocratas e e
scribas.

material para 6° serie



FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS - PORTUGAL, ESPANHA, INGLATERRA E FRANÇA

as modificações sociais vivenciadas no final da Idade Média culminaram na necessidade de um poder forte e centralizado, diferente daquele presente no sistema predominante anteriormente (Feudalismo). Aliada à ascensão de uma nova classe, a burguesia, as monarquias nacionais começaram a surgir por toda a Europa, destacando-se Portugal, Espanha, Inglaterra e França.
As características principais dos Estados Nacionais Modernos são: Centralização do Poder, Território definido, Idioma Nacional, Exército Nacional, Burocracia (cargos públicos para auxílio do monarca), Sistemas Legais e Monetários Unificados, Manutenção do Clero e da Nobreza (com isenção de impostos e cargos de prestígio porém com poder enfraquecido) e Aliança com a Burguesia.
Portugal

Fora a primeira monarquia a estabelecer-se devido à vitória na Guerra de Reconquista (expulsão dos mouros – muçulmanos – da Península Ibérica) em 1094. Seu primeiro monarca, Afonso Henrique, promoveu fortemente o povoamento do território, sufocando ainda as tentativas de reação da fidalguia.

Após a revolução de Avis, uma segunda dinastia portuguesa estabeleceu-se, apoiada fortemente pela burguesia e aplicando recursos nas atividades marítimas e comerciais, incentivando a pesquisa náutica e possibilitando assim o pioneirismo português nas grandes navegações.
Espanha
Segunda monarquia moderna a ser formada, nasceu séculos após a Portuguesa, também por vitória na Guerra de Reconquista. Tão logo fora criada, a Espanha passou a promover uma corrida colonialista com a vizinha Portugal, sendo a responsável pela descoberta do continente americano em 1492. Diferente de Portugal que buscou novos caminhos pelo Atlântico para a conquista das Índias através do contorno da África, a Espanha dedicou-se a buscar caminhos pelo ciclo oriental das navegações.
Inglaterra
No século XIII, a Inglaterra era governada por uma família normanda. O fato de o poder ter sido tomado por uma guerra fez que com que este seja reconhecido como forte desde o início, amparado pelo poderio militar incontestável, e como o governante era estrangeiro e sem ligações com as classes dominantes locais, a centralização resta evidente.
O rei Guilherme buscou fortalecer ainda mais o seu poder ao aliançar-se aos plebeus livres, porém seus sucessores (2ª Dinastia - Plantageneta) optaram pelo enrijecimento do poder real frente à população. Cria-se o “commom law” ou lei comum a todo território inglês e a fiscalização de seu cumprimento pelos juízes nomeados pelo soberano. Tais governos caracterizaram-se por altos gastos e aumento de impostos, o que culminou na imposição pelos nobres, em 1215, de um conjunto de normas que definiam os direitos do povo sobre o soberano: a Magna Carta.
Após a derrota na Guerra dos Cem Anos, inicia-se uma guerra interna de sucessão entre duas dinastias – York e Lancaster – finalizando com a ascenção dos Tudor (união das duas famílias).
França
A monarquia francesa nasceu sob a imagem salvadora frente ao caos experimentado pela desordem do sistema feudal. Amparada fortemente pela Igreja Católica, possibilitou nos séculos seguintes a crença na Teoria do Direito Divino, utilizada para justificar o Absolutismo francês.
A dinastia responsável pela centralização do poder foi a Capetíngia, cabendo a Felipe Augusto a criação de uma primeira burocracia francesa, a quem cabia a fiscalização e cobrança de tributos.
Apesar de uma crítica ao Feudalismo, a monarquia utilizava-se de princípios daquele sistema quando lhe era favorável, por exemplo na obrigatoriedade de juramento de fidelidade e lealdade nas cerimônias de homenagem ao “suserano do suserano” . A Igreja também foi submetida ao poder francês . Com a vitória na guerra dos cem anos, a França consolida a centralização do poder.

Absolutismo  é o nome dado ao sistema político e administrativo que predominou nos países da Europa na época do denominado “Antigo Regime” (correspondente ao período entre os séculos XVI e XVIII).

Luís XIV da França, o "Rei Sol"
Este sistema é originário das mudanças ocorridas no continente ao final da Idade Média, onde na maioria das regiões da Europa acontece o fenômeno da centralização política nas mãos do rei, auxiliado pela classe burguesa. Os comerciantes e financistas visavam vantagens econômicas, como por exemplo o fim de diversos impostos e taxas existentes em regiões de um mesmo país em mãos de líderes regionais diferentes. Por outro lado, o monarca naturalmente buscava um sistema de governo onde pudesse exercer o máximo de seu poder, sem interferência da igreja nem dos senhores locais.
Deste modo, surge o absolutismo, onde o rei exerce o poder de forma indiscriminada, com mínima interferência de outros setores da sociedade, e a classe burguesa apoiadora do monarca poderá prosperar com a unificação do poder nas mãos de um indivíduo em que confiam e que os auxilia a manter um comércio de proporções nacionais (em certos casos, até internacionais). Além disso, os negociantes financiariam os diversos projetos do monarca, e em troca, conseguiriam participações substanciais nos negócios do Estado.
Com o absolutismo o rei concentrava todos os poderes, criando leis sem aprovação da sociedade, além de impostos e demais tributos de acordo com a situação ou um novo porjeto ou guerra que surgisse. Além disso, o monarca interferia em assuntos religiosos, em alguns casos controlando o clero de seu país.
A nobreza que acompanhava o monarca era uma classe exclusivamente parasitária, geralmente vivendo na corte do rei, e não tendo ocupação definida, a não ser o apoio irrestrito ao rei e o controle militar de certa região a favor do monarca. Qualquer oposição oriunda das camadas mais populares podia ser violentamente reprimida pelas forças do rei. Note-se que absolutismo e despotismo, apesar de similares, diferem pelo fato de o absolutismo ter uma base teórica (Jean Bodin, Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel) e o despotismo ser uma espécie de corrupção do absolutismo, onde o monarca age deliberadamente sem qualquer preocupação teórica, social, política ou religiosa.
A prática econômica predominante no período absolutista era a do mercantilismo. A característica marcante deste sistema é uma intervenção latente do Estado nos negócios financeiros, onde predominava a ideia de que o acúmulo de riquezas proporcionaria necessariamente um maior desenvolvimento do Estado. Esse acúmulo de riqueza traria prestígio, poder e respeito internacional. O sistema era marcado pela proteção alfandegária, taxando altamente os produtos estrangeiros, metalismo, ou seja, acumulação de metais preciosos, pacto colonial, onde as colônias eram fechadas ao comércio com outros países que não a metrópole, balança comercial favorável, e a industrialização do país.
Em grande parte dos países europeus, o sistema escolhido para substituir o Antigo Regime foi a República, com outros decidindo por manter a monarquia, mas agora atuando sob a tutela de um parlamento eleito popularmente e agindo sob a letra de uma Constituição

Reforma e Contra-Reforma

Reforma Católica, Contra-Reforma, o que foi a reforma, o que foi a contra-reforma, influências da reforma, consequências da reforma na igreja católica, reforma luterana, reforma calvinista, reforma anglicana.

O processo da reformas religiosas começa no século XIV com a insatisfação frente à Igreja Católica Apostólica Romana. Tal insatisfação diz respeito aos abusos desta igreja frente e a mudança da visão de mundo que começa a acontecer simultaneamente.
Com a excessiva acumulação de bens pela igreja, a grande preocupação material desta e a luxuria que parte de seus sacerdotes viviam. Também havia sérios problemas no respeito às próprias convicções católicas, tendo muitos sacerdotes entrando em desvios de seus dogmas como o desrespeito ao celibato e o descaso com os cultos e ritos religiosos. Somando-se a isso havia a venda de indulgências (perdão) por parte do próprio Vaticano para a construção da Basílica de São Pedro.
Somando-se a isso existe o próprio processo de formação da burguesia comercial, que era condenada pelos padres por usura e o lucro, causou descontentamento por parte dessa classe emergente.
Além disso, os reis também estavam insatisfeitos com a interferência dos papas nas questões políticas condizente com a realeza.
Juntando-se a isso o próprio pensamento renascentista leva a um maior questionamento das convicções católicas. Acontece, conjuntamente com o processo de urbanização, um maior acesso a leitura e a discussão, afinal, homens não estão tão distantes fisicamente nas cidades como eram nos campos. Com isso começa a surgir um pensamento que vai a direção do humanismo e do antropocentrismo (que opõe o teocentrismo medieval) e o aparecimento de um pensamento racional e cientifico, que busca explicar as coisas através de métodos e teorias (opondo-se as explicações espirituais e teológicas da igreja).
Reforma Luterana
O sacerdote alemão, Martin Lutero (1483-1546), foi o primeiro a opor-se de forma mais elaborada contra a Igreja. Ele fixa 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg questionando as posturas tomadas pela Igreja.
Nas 95 teses Lutero condenava principalmente a venda de indulgências e o culto às imagens. Devido a essas teses Lutero foi excomungado pelo papa.
Lutero foi favorecido em suas pregações devido ao fato de na região da atual Alemanha, onde ele vivia, havia muita miséria por parte dos camponeses, que condenavam a Igreja por isso. Além disso, havia grande interesse de da nobreza daquela região pelas terras da Igreja Católica.
Apesar do apoio dos camponeses a Lutero em uma revolta de camponeses, liderada por Thomas Münzer, contra os sacerdotes ricos e grandes proprietários, Lutero apoiou o massacre dessa revolta, recebendo em troca novas adesões por parte das camadas mais abastadas.
Reforma Calvinista
João Calvino (1509-1564) entre os primeiros adeptos das idéia de Martin Lutero, mas com o tempo começou a defender que a salvação vinha pelo trabalho justo e honesto e que o enriquecimento era apenas uma graça divina, não podendo ser condenado, mas sim que era uma predestinação divina e que nada podia ser feito para mudar isso. Com esse pensamento Calvino acaba atraindo muitos comerciantes e banqueiros.
Reforma Anglicana
Na primeira metade do século XVI, o rei Henrique VIII (1509-1547), que fora aliado do papa, funda a nova igreja, devido à negação do papa a seu pedido de divórcio. Tal rompimento teve adesão do alto clero inglês e do parlamento.
Além disso, esse rompimento também foi causado pelo fato da Igreja Católica ser detentora de grande parte das terras inglesas, o que gerava a cobiça da nobreza inglesa.
Aliando-se a isso, havia a necessidade de enfraquecer o grande poder político da igreja inglesa. Para isso a cobiça da nobreza pelas terras católicas foi de grande valor a fim de aliar os nobres ingleses contra a Igreja.
Contra-Reforma
Frente aos movimentos de ruptura com a Igreja Católica, esta primeiramente começou um processo de perseguição, que não teve grandes frutos. Diante a isso se começou a reconhecer a ruptura protestante e, juntamente a isso, começou um movimento de moralização e reorganização estrutural da Igreja Católica. Entre essas medidas destacam-se:
Criação da Ordem dos Jesuítas: Fundada em 1534, pelo militar espanhol Inácio de Loyola, os jesuítas consideravam-se soldados da igreja e possuíam uma estrutura militar, que tinha por função combater o avanço protestante com as armas do espírito, através da catequização e da conversão ao catolicismo. No âmbito da catequização, destaca-se o trabalho dos jesuítas nas novas terras descobertas, visando converter os não-cristãos.
Concílio de Trento: em 1545, o papa Paulo III, convocou reuniões entre católicos, realizadas inicialmente na cidade de Trento. Esse apresentou, ao final de 18 anos, um conjunto de decisões para garantir unidade católica e disciplina eclesiástica e reafirmando o dogma católico.
Inquisição: O tribunal da Inquisição foi criado em 1231, mas com o tempo foram reduzindo suas atividades. Mas com o avanço do protestantismo eles foram reativados em meados do século XVI. Entre suas atividades foram criadas listas de livros proibidos e julgaram os que discordavam da Igreja Católica.

A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPÉIA


A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV.

Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.

O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.

Fatores para a Expansão Marítima

A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.

Formação do Estado Nacional e a centralização política-as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros.
A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.

Avanços técnicos na arte náutica-o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos-bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.

Interesses econômicos- a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo ­que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.

Sociais-o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.
Religiosos-a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.

Expansão marítima portuguesa
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.

A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.

Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.

Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.

A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.

Expansão marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.

A seguir a principais etapas da expansão espanhola:
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.

As rivalidades Ibérica
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.

Navegações Tardias
Inglaterra, França e Holanda.

O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:
A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).

Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.

CONSEQÜÊNCIAS

As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.

A seguir algumas das principais mudanças:
A decadência das cidades italianas; a mudança do eixo econômico ­do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico; a formação do Sistema Colonial; enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América; o retorno do escravismo em moldes capitalistas; o euro-centrismo, ou a hegemonia européia sobre o mundo; e o processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.