Região é berço das primeiras civilizações humanas
As primeiras civilizações humanas nasceram e se desenvolveram nas proximidades dos grandes rios, no Oriente. A aridez do clima e a baixa fertilidade do solo obrigaram essas sociedades a utilizarem, com racionalidade e eficiência, os recursos hídricos disponíveis para a prática da agricultura. Entre elas destacaram-se Egito e Mesopotâmia.
Egito
O rio Nilo foi responsável pelo florescimento da civilização egípcia. Suas margens eram aproveitadas para o cultivo de alimentos que sustentavam uma população organizada em comunidades camponesas, controladas por um Estado fortemente centralizado, a quem deveriam pagar pesados impostos. O faraó, assessorado por vasto corpo de funcionários, tinha poderes absolutos sobre a população. No Egito, as obras de irrigação (diques, depósitos de água, canais), realizadas por numerosa mão-de-obra escrava, permitiram o desenvolvimento da civilização.
Mesopotâmia
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotâmia foi um importante império na Antigüidade. Alvo de permanentes ataques e invasões, sua história é marcada pela sucessão de dominações de povos de diversas origens: sumérios, assírios, babilônios… No início, os mesopotâmicos organizavam-se em cidades-estado que aos poucos deram lugar a um Estado centralizado. Entre os governantes mesopotâmicos, destacaram-se Assurbanipal e Nabucodonossor.
Essas civilizações produziram rica cultura, cujos vestígios ainda hoje podem ser vistos como as grandes pirâmides do Egito.
Ambas acabaram sendo dominadas pelos persas, povo militarista e guerreiro que construiu vasto império no Oriente.
Outras civilizações do Antigo Oriente
Ainda no Oriente, desenvolveram-se civilizações onde a agricultura não desempenhou papel econômico tão significativo como fenícios, hebreus e persas.
Fenícia
A principal atividade econômica dos fenícios foi o comércio marítimo. Dotada de vantagens geográficas e naturais, a Fenícia foi a civilização dos navegadores e mercadores da Antigüidade. A talassocracia (governo dos comerciantes) instalada na região destoava do restante do Oriente, onde a aristocracia controlava o poder e assegurava a hegemonia social. Da cultura fenícia herdamos o alfabeto com 22 letras. Também a Fenícia tornou-se província do Império Persa no século I a.C.
Pérsia
Os persas conquistaram vasto território no Oriente, chegando, inclusive a ameaçar o Ocidente, quando foram barrados pelos gregos durante as Guerras Médicas. Povo militarista e guerreiro, os persas conheceram o apogeu durante o reinado de Dario I, idealizador de um sistema administrativo altamente eficiente. Além de manterem uma postura de respeito aos usos e costumes dos povos dominados, os persas contavam com boa rede de comunicações (estradas reais), moeda única, governadores leais ao poder central… elementos que lhes permitiram assegurar o domínio sobre o império durante séculos. Foi somente no século I a.C. que o Império Persa foi subjugado por Alexandre da Macedônia.
Hebreus
A história hebraica é marcada por constantes deslocamentos, fixando-se durante séculos no território denominado Palestina. O solo pouco apropriado para a agricultura fez deles um povo de pastores, cuja característica mais conhecida foi o fato de serem a primeira civilização monoteísta da História.
O Judaísmo
As primeiras comunidades humanas costumavam adorar inúmeras divindades, normalmente associadas a fenômenos da natureza, da qual dependiam. Cultuavam o sol, a chuva, a terra, as águas, o fogo esperando que sua adoração permitisse-lhes uma vida de abundância. Mesmo os grandes impérios da Antigüidade, como Egito e Mesopotâmia, eram politeístas. O judaísmo, religião nascida entre os hebreus, foi a primeira religião monoteísta da qual se tem notícia.
A vida na china
antiga
O berço da civilização chinesa, que nasceu
contemporaneamente às civilizações do Indo, do Egito e da Mesopotâmia, foi a
extensa planície central cortada pelo rio Amarelo. Este rio deságua na costa
leste da China, no Oceano Pacífico, depois de percorrer uma planície
extremamente fértil. Deve-se essa fertilidade ao limo depositado pelas águas do
rio ao transbordar; ao regime das chuvas que caem sobre a região; ao clima
ameno que jamais alcança extremos de frio ou calor; uma espécie de poeira
amarela, trazida pelos ventos, rica em sais minerais que, ao misturar-se com a
terra, faz com que seja desnecessário aduba-la artificialmente.
Por volta de 4000 a.C. a China já possuía uma população considerável, espalhada por aldeias das quais quase nada sabemos. A primeira civilização importante foi a que se desenvolveu na planície do rio Amarelo, a cultura Yang-Shao (cerca de 3000 a.C.). Era constituída de agricultores que plantavam uma espécie de milho e, mais tarde, arroz; crivam, para sua alimentação, porcos, ovelhas e gado; domesticavam animais; especialmente o cachorro. Inicialmente não conheciam os metais, mas deixaram maravilhosas cerâmicas, com desenhos coloridos de vermelho, branco, preto; não representavam figuras humanas, nem mesmo animais ou plantas. As aldeias perto pero do delta alcançaram esse desenvolvimento só mais tarde (entre 3000 e 2000 a.C.). Sua cultura foi conhecida como a cultura Lung-Shan. Também os moradores dessas aldeias não tinham metais, que vieram conhecer só depois de 1600 a.C.; e sua cerâmica, sobre fundo preto, tinha como única decoração desenhos geométricos.
Os agricultores constituíam nove décimos da população. Produziam gêneros em grande quantidade, serviam para alimentar sacerdotes, governadores, soldados, artesãos, mercadores e estudantes, grupos esses bem menores, mas muito importantes na vida chinesa.
Por milhares de anos sucederam-se as dinastias que governaram a China; o império foi unificado, dividido e reunificado; mas, através de todas essas mudanças, a China sobreviveu e absorveu seus invasores. O segredo dessa sobrevivência está nas comunidades rurais (que continuavam plantando e colhendo, apesar de invasões, guerras ou inundações), na sua sociedade conservadora.
Os agricultores relutavam em mudar de hábitos: preferiam melhorar as condições de vida já existentes a iniciar mudanças radicais; preferiam conservar o que possuíam a empreender guerras de conquistas de resultado incerto. Além disso, mostraram sempre pouca curiosidade por outras terras e outros povos estabelecidos além de suas montanhas, aos quais chamavam bárbaros; os chineses consideravam-se o povo mais civilizado e acreditavam possuir o país mais populoso e fértil da terra.
Esse conservadorismo não tornou a civilização chinesa estática e imutável, pois os chineses – lentamente, mas com firmeza – foram melhorando suas técnicas, refinando sua arte, aumentando suas riquezas, seus conhecimentos, sua população, vindo a constituir, assim o primeiro grande império do Extremo Oriente.
Por volta de 4000 a.C. a China já possuía uma população considerável, espalhada por aldeias das quais quase nada sabemos. A primeira civilização importante foi a que se desenvolveu na planície do rio Amarelo, a cultura Yang-Shao (cerca de 3000 a.C.). Era constituída de agricultores que plantavam uma espécie de milho e, mais tarde, arroz; crivam, para sua alimentação, porcos, ovelhas e gado; domesticavam animais; especialmente o cachorro. Inicialmente não conheciam os metais, mas deixaram maravilhosas cerâmicas, com desenhos coloridos de vermelho, branco, preto; não representavam figuras humanas, nem mesmo animais ou plantas. As aldeias perto pero do delta alcançaram esse desenvolvimento só mais tarde (entre 3000 e 2000 a.C.). Sua cultura foi conhecida como a cultura Lung-Shan. Também os moradores dessas aldeias não tinham metais, que vieram conhecer só depois de 1600 a.C.; e sua cerâmica, sobre fundo preto, tinha como única decoração desenhos geométricos.
Os agricultores constituíam nove décimos da população. Produziam gêneros em grande quantidade, serviam para alimentar sacerdotes, governadores, soldados, artesãos, mercadores e estudantes, grupos esses bem menores, mas muito importantes na vida chinesa.
Por milhares de anos sucederam-se as dinastias que governaram a China; o império foi unificado, dividido e reunificado; mas, através de todas essas mudanças, a China sobreviveu e absorveu seus invasores. O segredo dessa sobrevivência está nas comunidades rurais (que continuavam plantando e colhendo, apesar de invasões, guerras ou inundações), na sua sociedade conservadora.
Os agricultores relutavam em mudar de hábitos: preferiam melhorar as condições de vida já existentes a iniciar mudanças radicais; preferiam conservar o que possuíam a empreender guerras de conquistas de resultado incerto. Além disso, mostraram sempre pouca curiosidade por outras terras e outros povos estabelecidos além de suas montanhas, aos quais chamavam bárbaros; os chineses consideravam-se o povo mais civilizado e acreditavam possuir o país mais populoso e fértil da terra.
Esse conservadorismo não tornou a civilização chinesa estática e imutável, pois os chineses – lentamente, mas com firmeza – foram melhorando suas técnicas, refinando sua arte, aumentando suas riquezas, seus conhecimentos, sua população, vindo a constituir, assim o primeiro grande império do Extremo Oriente.
A vida na
áfrica antiga
A primeira
grande civilização surgida na África,foi a civilização dos faraós teve as suas
bases em solo africano. O Egito, porém, era muito diferente de qualquer outra
região africana. Constituído como um grande oásis, com terras de aluvião excepcional-mente
fértil que a cheia do Nilo renovava todos os anos, estava situado na grande
encruzilhada em que a África se encontrava entre a Ásia e o mundo
mediterrânico, entre as regiões do Mar Vermelho e do Oceano índico,
constituindo um ponto de importância estratégica fundamental, e atraindo os
povos e idéias de todas as direcções. Já muito antes de 3000 a.C., a fertilidade das
suas terras fazia com que os agricultores produzissem para lá das suas
necessidades imediatas, riqueza que permitia manter artífices especializados e
comerciantes. Os cemitérios da cultura gerzeense, do 4.o milénio, fornecem
simultaneamente as provas de uma enorme riqueza e de uma crescente desigualdade
na sua distribuição. É então que subitamente aparece em cena a monarquia
absoluta; de início, segundo parece, em dois reinos, um no delta e outro no
vale inferior do Nilo, e mais tarde, no Egipto unificado e governado pelos
Faraós.
A revolução operada no pensamento e na organização da humanidade representada por esta evolução, ficou notavelmente documentada nas pirâmides. Nos cemitérios de Gerzé, não obstante as crescentes desigualdades de riqueza que se notam entre os membros da sociedade, encontram-se enterrados os membros ricos ou pobres dessas comunidades. Mas, com o aparecimento dos Faraós, a vida comunitária ficou subordinada e seria representada pela vida do monarca, cuja sepultura se revestiu de um esplendor cada vez maior. Ao princípio, as sepulturas reais imitavam os túmulos dos cemitério de Gerzé, embora com mobilário mais rico e com algumas centenas de servos do monarca a acompanhá-lo para o outro mundo. Depois construiu-se sobre a sepultura uma espécie de grande palácio com o nome de mastaba, com sucessivas mastabas sobrepostas até se chegar à forma da pirâmide que conhecemos. A grande pirâmide de Gizé, construída cerca de 2400 a. C., medindo 150 metros de altura, com 60 milhões de toneladas de grandes blocos de pedra numa região onde a pedra de construção é rara, e erguida por homens que não tinham instrumentos de ferro nem máquinas, marca o apogeu dessa evolução. Os Faraós começaram por ser considerados como a encarnação do deus Hórus, e depois como filho do deus-sol, Amon-Rá. Em ambos os casos, eram os intérpretes da vontade divina e os únicos juízes da existência dos seus súbditos, do uso das terras agrícolas e dos tempos da sementeira e da colheita, dando a conhecer as suas ordens junto do povo mediante uma vasta hierarquia de sacerdotes, ministros, burocratas e escribas.
A revolução operada no pensamento e na organização da humanidade representada por esta evolução, ficou notavelmente documentada nas pirâmides. Nos cemitérios de Gerzé, não obstante as crescentes desigualdades de riqueza que se notam entre os membros da sociedade, encontram-se enterrados os membros ricos ou pobres dessas comunidades. Mas, com o aparecimento dos Faraós, a vida comunitária ficou subordinada e seria representada pela vida do monarca, cuja sepultura se revestiu de um esplendor cada vez maior. Ao princípio, as sepulturas reais imitavam os túmulos dos cemitério de Gerzé, embora com mobilário mais rico e com algumas centenas de servos do monarca a acompanhá-lo para o outro mundo. Depois construiu-se sobre a sepultura uma espécie de grande palácio com o nome de mastaba, com sucessivas mastabas sobrepostas até se chegar à forma da pirâmide que conhecemos. A grande pirâmide de Gizé, construída cerca de 2400 a. C., medindo 150 metros de altura, com 60 milhões de toneladas de grandes blocos de pedra numa região onde a pedra de construção é rara, e erguida por homens que não tinham instrumentos de ferro nem máquinas, marca o apogeu dessa evolução. Os Faraós começaram por ser considerados como a encarnação do deus Hórus, e depois como filho do deus-sol, Amon-Rá. Em ambos os casos, eram os intérpretes da vontade divina e os únicos juízes da existência dos seus súbditos, do uso das terras agrícolas e dos tempos da sementeira e da colheita, dando a conhecer as suas ordens junto do povo mediante uma vasta hierarquia de sacerdotes, ministros, burocratas e escribas.
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